sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

fhoto:Hitesh .M/MUMBAI.INDIA



Lamentos árabes





Nina, desde sempre

espalhada em ilhas.

Pedaços, cacos. [Nem

sei se feita da mesma

argila de nossos

carrascos]


Segure o asco e olhe [ainda hoje]

nos meus olhos, sem embaraço...

[e veja como estão baços & quietos.

Parecem sonolentos, por uma noite

tentando decifrar Platão, enquanto

soprava o vento. E longe, na mansa

planície, matavam-se nossos irmãos].

Se chove em ti às vezes,

Nina [ou se, em pedaços,

te desmantelas como puzzle

-quebra-cabeças a nos inflamar

melhores ímpetos...], que chova

em nós, também, a parte infinita e

invisível de tua lágrima, nesta noite

caída. Interminável.


http://olugarqueimporta.blogspot.com/


MARCELO NOVAES

Um comentário:


  1. é muito lindo esse poema do marcelo!

    p.s. como eu disse, depois comento lá... rs

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