Lamentos árabes
Nina, desde sempre
espalhada em ilhas.
Pedaços, cacos. [Nem
sei se feita da mesma
argila de nossos
carrascos]
Segure o asco e olhe [ainda hoje]
nos meus olhos, sem embaraço...
[e veja como estão baços & quietos.
Parecem sonolentos, por uma noite
tentando decifrar Platão, enquanto
soprava o vento. E longe, na mansa
planície, matavam-se nossos irmãos].
Se chove em ti às vezes,
Nina [ou se, em pedaços,
te desmantelas como puzzle
-quebra-cabeças a nos inflamar
melhores ímpetos...], que chova
em nós, também, a parte infinita e
invisível de tua lágrima, nesta noite
caída. Interminável.
http://olugarqueimporta.blogspot.com/
MARCELO NOVAES
ResponderExcluiré muito lindo esse poema do marcelo!
p.s. como eu disse, depois comento lá... rs