sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009




Holográfico
Não me importa que ela habite teus ossos, músculos ou vesícula.Que lhe desperte Eros- arrepie a pele -, ou te empurre à bile. Desde que me fite nos olhos e comigo converse o Algo - um algo – desses AbismosTodos. Somos Íntimos.Vou avisando logo:quero compromisso deconfidente. Não me importa quantas delas - senhoritas desaparecidas ou foragidas –morem na Irlanda ou militem no IRA.Sei que em ti, também, habita uma criança, que, por ora, mora fora de suas células. E dentro. Como um holograma-de-afeto, pós-feto.[E como sei que isso é bonito...]O fato, irrefutável - e quase trágico - é que mataste um homem, no meio do século passado. Talvez eu possa - devo confessar mais que mero esforço para fazê-lo - conviver com este teu lado, digamos assim, menos afável e mais disposto.[E de sangue salpicado].Se você é minguante ou crescente, pomba-gira grande ou miúda, pouco se me importa: isso é com sua amante. Eu sou gente.[Serve?!].
Marcelo Novaes

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